16 maio 2015

Fará dia 21 seis meses...

Sai mais um livro de Sócrates (anteontem), mas sem ser ele a escrevê-lo. Nem é "de", é "sobre". Dele tivemos "O menino de oiro do PS" nem sequer escrito por uma assessora oficial  do partido mas por uma jornalista da rádio oficial do Estado, Eduarda Maio, o que não causou engulhos nos charlies nem nas charlots.
 
Convém avisar os mais distraídos para não irem pedir uma dedicatória a Évora. Pinto da Costa poderia ser tentado a retribuir uma cortesia que o ex-Primeiro-Sinistro fez ao lançamento de um livro que prometia mais 31 anos de vitórias em cima das conseguidas em 31 anos. Estes projectos de poder e de garantir vitórias são tramados.
 
Há trocadilhos complicados. Tortura, por exemplo. Se servir para acabar com os reumáticos pindéricos que aí andam será um serviço público. Por falar em serviço público nunca prestado...
 
Vai cumprir-se meio ano da detenção e prisão. Portugal mudou muito em seis meses. Embora não tanto como devia e podia. As forças de bloqueio, o sócretinismo instalado, as "instituiçlões políticas e económicas extractivas" que sugaram tudo da sociedade em proveito de uns poucos, esse Portugal ainda não acabou. E estas notícias confirmam-no, enquanto PGR andam a discutir livros e viagens prontamente reveladas num telejornal subserviente, o penico do poder. Estrebucha e por ele tivemos de pagar mais 23% acima do que se passou em 2013 pelas PPP. Era uma festa. É um desastre.

O que acho delicioso e revelador é isto que o grande público nunca sabe nem imagina - até alguns jornalistas, como Henrique Monteiro do Expresso e o próprio José Manuel Fernandes hoje no Observador mas então no Público, denunciarem o crápula que perseguia jornalistas e não só com os capatazes do PS, muitos deles do Porto como o sinistro Santos Silva e o pacóvio Sousa Pinto ou mesmo o novo edil lisbonense Fernando Medina:

"Luís Bernardo tenta tranquilizar o chefe. Arquitectara um plano de damage control. Nesse dia irá, juntamente com o seu colega de assessoria David Damião, fazer uma ronda telefónica pelos directores e editores dos principais jornais, estações de rádio e de televisão, a sensibilizá‐los para a alegada «falta de credibilidade» da notícia do Público – tem de se evitar a todo o custo a formação de uma onda informativa imparável que, a verificar‐se, poderá ser ruinosa para a já pouco católica imagem pública de Sócrates.
A tarefa, quase impossível, é parcialmente conseguida. As televisões não pegam no caso e, entre os jornais, só o Expresso o começa a investigar".

 

Mas a queda começou na altura da sua ascensão. Pena foi ABC, o professor António Balbino Caldeira no seu blog "Do Portugal Profundo", ter esperado a entronização do PM para lhe atazanar a vida sem parar.  Só dois anos depois o Público pegou, jornalisticamente, na história, sem remeter para a fonte de todas as informações. Nunca se retractou. E a bola de neve cresceu a amedrontar o que passou a ser Primeiro-Sinistro mas sem alguma vez pará-lo. Até ao abismo incontornável que cada vez mais o deixará isolado como o 44 de Évora. Mas esta peça do "Observador" só toca na parte jornalística do Público, sendo que tudo já estava escarrapachado no blog de ABC. Menos estas escutas actuais trazidas a público aqui.

Por acaso faz hoje 31 anos da final perdida de Basileia com a Juventus. Felizmente houve muitas vitórias e nem todo o passado é mau. Mas o futuro preocupa com o que pode vir aí. O poder corrompe e o poder absoluto corrompe absolutamente (Lord Acton).

1 comentário:

  1. Zé Luis, uma coisa é certa. Se o 44 for canonizado já tem uma verdadeira, apaixonada e fanática discípula: Maria Narciso!
    O que eu me fartei de rir com os comentários desta pobre de espírito!!!

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