10 janeiro 2015

A expressão da liberdade que fez o regime posto ao sol a páginas tantas

Sofro um ataque terrorista de medo: não percebo como não percebem por que chegamos a este estado. Basicamente está tudo aqui. Mas o melhor é o que está no meio: uma conta, solidária e sumarenta, entre notícias de arrepiar com o preso preventivo 44 sempre no centro disto tudo, como tinha de ser e tantos pategos estão dispostos a sufragar o que o "Bossa Nova" do Rato pede, sem se rir: maioria absoluta para a mais absoluta indigência mental.
 
Não esquecer, o que todos sem excepção fazem, que estes mecos todos atentaram contra o estado de direito e a Liberdade de Imprensa durante o assalto ao poder me(r)diático de 2008/2009. Tanta gente a encher a boca e a clamar coragem por estes dias e pulando sobre o tapete que encobre o lixo convenientemente arrumado porque querem que o PS, este PS que tudo afundou, volte ao p(h)oder.
 
Eu também me arrepio de medo cada vez que vejo certos personagens na tv da pseudo-informação e da sub-informação. Não sou Charlie nem adiro a coisas facilmente, também me comovo pouco se pressentir aproveitamento. E discuto sempre a expressão de certas liberdades que uns quantos se arrogam, normalmente da esquerda e das causas fracturantes, dessas cousas que foram moendo os alicerces civilizacionais e são já a decadência da Europa que deu novos mundos ao mundo, entre ela Portugal que lá e esvai na sua fossa particular.

Arrepuo-me, ainda, com a "CORAGEM" de certos protagonistas das pantalhas, da sonsa Felgueiras cuja mãe mostrou a outrance o que é Liberdade de se pirar para o Brasil devidamente aconselhada enquanto era tempo ao pletórico Zé Alberto - "oh, oooooh, Zé Alberto", ecoava quando Sócrates foi sujeito a um simulacro de entrevista sobre a sua inaudita licenciatura, a par do "oh, oooh, Judite", então na RTP, hoje ambos os dois na TVI de repente assaltada por um certo Figueiredo de que muitos nunca ouviram falar - este como muitos da sua estirpe seleccionada, exclusiva e por isso escondida nem que seja como um Camões perdido em Macau e desencantado na Lusa sócretina e hoje no JN avençado do Proença...

Ontem mesmo, entre o medo que me arrepia cada vez que os da autocensura falam em Liberdade de Expressão e Jornalismo Descomprometido, apanhei por acaso a "Notícia TVI" sobre um tal corta e cose Horta e Costa que mandou na PT, mandou dinheiro para o Lula e o PT brasileiro no que ficou conhecido como o Mensalão e do qual sempre se associou a dispersão de favores e dinheiro em Portugal pelo PS e Sócrates que eram contemporâneos do Lulismo e do PTismo hoje sobrevivente na inenarrável Dilma. Uma notícia que relatava tudo o que se ouviu ao tempo, menos isso, menos isso mesmo, menos isso de associar o PS e o Sócrates a essas práticas e a esses favores. Favores que eram falados no Brasil e denunciados por um deputado federal que acabou preso, um tal nordestino ou baiano que deu com a boca no trombone e sintonizou os favores ao PS e a Sócrates mas a TVI omitiu isso mesmo, isso tudo, isso do PS e de Sócrates.

E aquele menino Dragão de Ouro que conseguia pôr Figo a jogar ao pequeno-almoço com Sócrates ainda hoje no Belenenses mostra aquilo que é e que Pinto da Costa condecorou mas não corou de vergonha - e ainda veremos o presidente do FC Porto condecorar, sem corar de vergonha, o crápula socretino.

Nã, o que parece mal, e parece mesmo mal, é haver condenados na Alemanha pelos submarinos e nada em Portugal. Quanto ao Mensalão, só tocou o PT que até acabou por ser sufragado nas eleições recentes acima do escândalo que nem conseguiu abafar mas o povão, ignaro e adepto do "rouba, mas faz!", reconduziu no p(h)oder. O PS escapou incólume. Escapou porque ajudam a escapar: é como falar deste ou daquele jornal para o público ignaro que precisa de saber do que se fala e de quem se fala ou do que está por trás do que se fala mas não se diz. A desconstrução do periodês é prioritário na era da desinformação cretina de hoje. As quebras avassaladoras nas vendas dos pasquins são um reflexo, mas a populaça informa-se na televisão - valendo o que vale e elas também a cair em desuso e desatenção -e já Salazar dizia que "se não saiu na televisão é porque não existe".

É que, como essa do PT de cá-Mensalão e PT de lá-PS de cá, há notícias que caem sem páraquedas e parece que não têm contexto e passado, pretérito mas recente e perfeito na sua linearidade, como o TGV de que se conseguiu fazer manchetes sem o ónus essencial de aquela merda vir a endividar todos menos os amigos chamados a compor as linhas e conduzir o trem....

Depois da queda da máscara da Imprensa norte-americana que já não é o que foi, a propósito da omissão no caso NSA e a denúncia feita por Ed Snowden, temos uma pseudo-informação e sub-informação tugas de meter medo ao terrorismo informativo.

A forma como os temas são seleccionados e tratados nas tv's para os Zés e as Marias tem uma génese mas dela não se fala porque iria falar de si mesma.

Já devem ter reparado que certas notícias, não sobre muçulmanos, em Portugal nunca levam a identificação de desacatos provocados por ciganos. Mas já sei quais são sem nunca tal ser revelado.

Pois é, é isto.

"Os noticiários generalistas, por razões comerciais, têm muito mais tempo do que conteúdo e apresentam cada vez mais publicidade mascarada de notícias. É nos noticiários que se nota mais o esvaziamento profissional dos canais: notícias sobre nada, notícias mal escritas, com erros, grafismos com erros. Em Maio, a noite eleitoral das europeias foi a pior de sempre nos generalistas. Apesar do seu horário nobre, apenas quatro programas de notícias estiveram entre os 50 mais vistos de 2014".

E como só agora vou pondo alguma leitura em dia, aqui fica o essencial de 2014, por um claro entendido na matéria mas que nunca lá aparece...

"Culminando um ano de acontecimentos transformados em grandes eventos de TV, a prisão de Sócrates, a primeira de um ex-primeiro-ministro, foi um acontecimento histórico televisionado. O político que, em quase 40 anos, mais quis amordaçar a liberdade de imprensa e mandar a seu bel-prazer na TV e outros media acabou o ano, ele mesmo, atrás das grades. Só a prisão o tirou em 2014 do horário nobre da RTP, onde chegou por razões obscuras".

Qual é o jornalista CORAJOSO que ainda sabe isto de cor e salteado? Nenhum dos que dizem ser Charlie mas são totós - ou Charlots!

1 comentário:

  1. Parafraseando Jim Morrison: daqui ninguém sai vivo!!!!
    Nada nem ninguém tem o direito de chacinar, mas a democracia mais a sua liberdade de expressão, não serão a ditadura das maiorias e o merchandising dos mais ricos?
    Porque razão nós europeus quisemos fazer países em Africa, quando os africanos se regem por tribos?
    Porque razão nós ocidentais satanizamos o Islão quando a pedofilia cristã é um ato de terrorismo que não mata mas destrói????
    Porque razão vou na faixa do meio a 60 km por hora porque na minha mente a faixa da direita é só para camiões?
    Porque razão nas televisões são sempre os mesmos fedorentos a opinar?
    Porque razão nos hipermercados há promoções de coisas que só queremos um arigo e trazemos um carrinho cheio?
    Sinais dos tempos esta luta de culturas extremada em nome de religiões seculares onde a humanidade desapareceu para dar lugar a divindades ciumentas e frustradas!
    This is the end, my friend!

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