24 agosto 2014

Viver sem Xavi e sem Messi um dia será ainda mais difícil

Ver o 4 nas costas de Rakitic sem sequer se assemelhar ao jogador que foi Guardiola com aquela camisola, nem sequer parecer Fàbregas que jogava mais adiantado, sendo o croata mais um 8 a empurrar Esnaider para o flanco quiçá em definitivo, ainda podia suscitar sentimentos contraditórios. Mas a ausência do 6 de Xavi (no banco) indica-nos que a mais famosa equipa vencedora da história do futebol deixará a conta-gotas as marcas da passagem do tempo ainda que facilmente avivadas pelo recuso ao replay, sem pagar direitos de autor ou fazer recuar a internet já perscrutada de forma infame pelas NSA desta vida como se os EUA quisessem cobrar também aí direitos de autor. Piquet estava na bancada, mas a extrema unção à dupla celebrada com Pujol já a dei há muito: o capitão encostou e o Beckham da Shakira não tem pedalada para isto e só se notabilizava pelas barracas dadas nos piores jogos do Barça. Mathieu, o francês lateral-esquerdo do Valência, parece fazer bem de central (com Mascherano, expulso).
 
É sempre reconfortante ver Messi esgueirar-se por entre defesas amontoadas ao meio (1-0) ou esfrangalhar lateralmente a cortina que se desfaz com duas simulações e um tiro certeiro rasteiro aberto o buraco pretendido. E perceber que com Munir, o do golo do meio-campo ao Benfica na final da Youth Champions em Nyon, o Barça volta a luzir com produtos da cantera, de resto celebrando a estreia do puto de 18 anos com um golo de classe, perdida a vergonha inicial que o fez desperdiçar um passe magistral de Messi que jogou atrás do ponta-de-lança onde Ibrahimovic dizia que ele não queria jogar...
 
Mas como no FC Porto de Preocupações Fonseca, é tempo de esquecer a horrível época anterior com o Produções Fictícias tata-bitata argentino que inventaram há um ano em Barcelona. E vamo-nos despedindo de Xavi aos bocadinhos. Pedro vai ficando no banco, entrando aqui e ali, Esnaider parece mais só se Messi não encher o campo e mostrar uma garra que não se via há um ano.

Hoje, ao ver o resumo do Chelsea, nem percebi quem era o 8: Lampard fou uma lenda e já parece ter sido há séculos.

Sem comentários:

Enviar um comentário